sábado, 14 de novembro de 2015

Pitões das Júnias



A partir da Barragem de Venda Nova, a paisagem começou a ficar mais interessante. O sol já ia baixo e por isso não incomodava tanto.

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A estrada clara serpenteava por entre montes suaves e rosados pela urze. Do lado esquerdo, uma aldeia incrustada num penedo que recortava o céu azul. Era a aldeia de Ponteira.

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E ao fundo começava a surgir a barragem da Paradela.

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Apesar da beleza da paisagem, começávamos a sentir-nos impacientes. Já eram muitas horas sentados, dentro do carro. Resolvemos então  parar em Paradela e ir até ao Café Benfica, o qual já conhecíamos de outras andanças. Sentámo-nos à fresca na esplanada e preparámo-nos para a última etapa.
O destino era Pitões das Júnias. Quando chegámos, dirigimo-nos para a Casa do Preto, onde passámos a noite e, na manhã seguinte, iniciámos a caminhada.

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Todos os anos, no dia de S. João, uma procissão de devotos supera uma série de afloramentos rochosos, atravessando uma das mais importantes manchas de carvalhal do país (o carvalhal do Beredo). Assim, alcançam o templo erguido sobre um monólito de granito, após subir um conjunto de degraus esculpidos na rocha.
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Do pátio da capela temos uma vista panorâmica sobre toda a zona envolvente de Pitões das Junias: pastagens e campos de cultivo nas planuras verdes da Mourela, o "castelo" do Beredo (uma crista que serve de fronteira natural entre Portugal e Espanha) com as alturas quase sempre ocultas pelo nevoeiro dos Picos da Nevosa e da Fonte Fria e, para sul, uma refrescante perspectiva da albufeira da barragem da Paradela.

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É para as imediações desta última que nos dirigimos, abrindo caminho por entre matos de carqueja, urze e giesta, salpicados por pequenos riachos que correm em  vales encaixados até ao Ribeiro do Beredo. Também nós afluímos a este ribeiro, chegando a uma ponte sobre uma pequena praia.

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  Daqui, uma breve subida permite-nos atingir a Portela da Farra, onde tomamos um caminho que transcorre os Cabeços da Fumarada e se adentra sob a cascata da Ribeira de Campesinho.

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  A partir daí, um vigoroso ziguezague desenvolve-se até desembocar numa calçada que nos conduz até ao caminho de acesso às ruínas do mosteiro cisterciense de Sta Maria das Júnias.

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Após uma pequena deambulação pelo que outrora foi o claustro deste obscuro cenóbio...

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 encaminhamo-nos para a aldeia de Pitões das Júnias, onde terminámos a caminhada.
Aqui aguardava-nos um delicioso jantar na Casa do Preto: sopa,frango estufado com arroz e salada, pão de centeio e pudim.

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O que fazer no dia seguinte, depois de bem carregadas as baterias?


Passear em Pitões das Júnias, sem esquecer o Ecomuseu.


Onde ficámos: Casa do Preto 
Guia utilizado: Descobrir Portugal: Itinerários Naturais, de Jorge Nunes e Manuel Nunes, Mediatexto, 2004 
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