sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Dias 7 e 8 e 9 - Pays de Bigorre

em Toulouse

Assim que chegámos à estação de Lourdes, optámos por ficar no hotel mesmo em frente. Não foi a opção mais barata,  mas depois de passar uma noite no comboio,  só queríamos deixar as mochilas arrumadas e descobrir,  descansados, a região do Pays de Bigorre.
Depois de um pequeno almoço no hotel,  apanhámos um táxi para as grutas de Bétharram.


Chegámos mesmo à hora. Mais um minuto e o autocarro para a entrada da gruta teria partido e já não era possível fazer a visita da parte da manhã.



No interior,  uma sucessão de 5 galerias. Os primeiros metros não nos impressionam: estalactites, estalagmites já vimos em Portugal e não só.


O percurso de 100 metros,  percorrido de barco e o trajecto final em comboio eléctrico dão alguma alegria às muitas crianças que integram o grupo da nossa visita.  Contudo,  o que realmente constituí a mais valia destas grutas é o percurso de cerca de 3 km, em cima do leito de um rio subterrâneo que flui por uma fissura entre 30 a 40 m de altura,  por dois metros de largura.  Aqui facilmente podemos imaginar como será caminhar por entre as placas tectónicas que delimitam os continentes.


No fim da visita regressámos a Lourdes,  e almoçámos no restaurante Le Effe.


De seguida,  fizemos uma caminhada rumo ao cume do Monte Le Béout. Apesar de ter um desnível de cerca de 500 metros,  o percurso descreve uma curva alongada,  passando pela aldeia de Ossen, e, subindo a vertente menos escarpada, dá acesso à antiga estação de teleférico. Daí,  segue pela crista ao ponto mais alto, assinalado com uma cruz.


O panorama permite apreciar a cidade, o seu entorno e todo um conjunto de relevos glaciares ricos em moreias,  que envolve a transição da paisagem de montanha para a planície.


Na descida para a cidade, avistámos vários casais de aves de rapina a sobrevoar as nossas cabeças.


  Para finalizar o dia jantámos num restaurante Tibetano.

entrada: salada de legumes grelhados e fruta; pratos principais: vegetais salteados com carne de borrego; sobremesa: "Sho", doce feito com requeijão, mel e amêndoas torradas; bebida: chá de jasmim

No dia seguinte,  o ponto alto da nossa viagem - o Pic du Midi de Bigorre - ergue-se a mais de 2800 metros.  Mas para lá chegar não precisámos de tenda, crampons ou piolet: uma navette que reservámos na oficina de turismo faz o trajecto entre Lourdes e La Mongie (cerca de 40 km), por 8 euros, ida e volta,  para duas pessoas.


Assim que chegámos a esta estância de ski,  apanhámos um teleférico com mais de um km de extensão, que nos transportou até ao topo do Pic du Midi.


Para além da bela paisagem de montanha (é possível avistar a Brecha de Roland mesmo em dia nublado),  este lugar é também importante por aqui estar instalado um observatório e o instituto de física mundial.


no restaurante Pic du Midi comemos o menu skieur: rolo de carne com massinhas e courgette; folhado de maçã; vinho quente.


A pureza da atmosfera, levou a que, desde o séc XVIII,  vários astrónomos tenham escolhido este local inóspito para fazer as suas observações.  Ficámos a saber que foi precisamente aqui,  durante um eclipse total do sol,  que foi descoberta a coroa solar.
Actualmente,  o instituto continua a realizar pesquisas sobre radiação cósmica e luminescência nocturna.
Aproveitámos ainda para assistir a duas sessões no planetário, situado na primeira cúpula do observatório.
Regressámos a Lourdes e tivemos a sorte de encontrar um óptimo restaurante recomendado pelo Guia Vermelho da Michelin,  o Alexandra.

    foie gras e chutney de figo; pato confitado; profiteroles

No nosso último dia viajámos para a capital de Languedoc, Toulouse,  o sexto maior centro urbano de França que revisitámos após 10 anos. Decidimos ir a uma série de museus que na altura deixámos de visitar por falta de tempo.  Para começar a descobrir as origens da cidade,  visitámos o museu Saint - Raymond, o museu Arqueológico da Província, com uma boa colecção de estátuas romanas encontradas numa vila próxima e vários elementos da arte dos visigodos que aqui estabeleceram a capital do seu reino.

  episódios dos "trabalhos" de Hércules; túmulo;Tetis e um Tritão; ninfa Ino; divindade marinha; colar de ouro do neolítico

A seguir partimos em busca da Tour Pioire Séguy,  incrustada no casario medieval. 


Não conseguimos visitar a torre,  mas no local onde estava uma placa assinalando a sua localização, encontrámos um restaurante com gatos, o Chapristea.  Os gatinhos passeavam serenamente por entre as mesas, sem ligar aos comensais.  Apenas um ou outro de vez em quando se aproximava.


Durante a tarde,  visitámos o Museu de Artes decorativas Paul Dupuy,  que,  para além de uma interessante exposição de relógios tinha patente uma exposição sobre pintura tibetana.


O que mais nos cativou foi um altar com oferendas, bem como a complexidade e as várias correntes que integram o budismo.


De seguida fizemos uma caminhada rápida até ao Museu de História Natural e Jardim Botânico Henri-Gaussen. Animais embalsamados,  fósseis e audiovisuais explicam a história do planeta Terra.




Por fim descansámos no Jardim des Plantes, paralelo ao jardim botânico,  onde as plantas carnívoras caçavam insectos.  



Deambulámos pela cidade em direcção à Praça do Capitolio, onde jantámos. 





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