Em
dia de fiéis defuntos, ou de finados, iniciámos o nosso primeiro percurso de
descoberta na primeira ilha eleita – S. Miguel, Arquipélago dos Açores.
O
início foi em local apropriado, o Monte Escuro, com as suas vertentes
escarpadas.
Mais
à frente, o nevoeiro começa a levantar, só para melhor revelar o Espigão da
Ovelha que, com os seus 886m, se ergue por entre urze e gramíneas.
A
vista do planalto é fantástica, espraindo-se pela bacia leiteira micaelense,
abarcando a Lagoa dos Areeiros e o pico de D. Guiomar.
Hipnotizados
pela luz que, a pouco e pouco, desvanece o incerto nevoeiro, desviamo-nos em
direcção ao Pico da Vela [793 m], miradouro privilegiado sobre a Lagoa do Fogo
e muito frequentado por caprinos atraídos pelo abundante queiró.
Os
loureiros dispersos relembram a antiga floresta Laurissilva, que procuramos em todos os esconços.
De
regresso ao planalto, iniciamos a descida na direcção de Vila Franca do Campo,
por entre pastagens e uma floresta de criptomérias, apenas interrompida pelo
vértice geodésico do Miradouro, mais um balcão de vistas soberbas sobre a Vila
e o seu ilhéu.
Já pelo crepúsculo, chegamos à Ermida de Nossa Senhora da Paz, construção do séc.
XVI, ali erigida evocando a aparição - na escuridão de uma gruta - da uma
imagem de Nossa Senhora, que os pastores batizaram da Paz.
É no breu que os caminhantes descem a calçada que os conduz a Vila Franca do
Campo.
Aqui
é possível adquirir vários artefactos em barro, proveniente da vizinha Ilha de
Santa Maria, dos quais destacamos os passarinhos, que investem o mais
silencioso num chilrear estridente.
Para
jantar, o restaurante O Jaime está sempre pronto a desencantar um bom
prato de peixe (do Ilhéu), acompanhado
por Basalto ou Terras de Lava.
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