Passámos a noite de sexta para sábado no Pazo O' Rial, em Villagarcía de Arousa. Porém, não foi uma noite muito reconfortante: um grupo de jovens resolveu, a meio da noite, desassossegar-nos o sono. Andavam para trás e para a frente ao longo do corredor, riam-se e diziam alto o nome de um outro que nunca aparecia...
Acabámos por ser compensados pelo desayuno, com frutas e sumos bastante variados. Aliás, o jantar da noite anterior, no restaurante deste hotel, também tinha sido muito bom: duas saladas, uma de queijo de cabra caramelizado e outra de salmão e guacamole.
O dia começou em Villagarcía de Arousa, junto ao mar. Esta é uma localidade com óptimas condições para prática de vela e outros desportos aquáticos.
Caminhámos no passeio marítimo e mais uma vez deliciámo-nos com o azul daquele mar.
Caminhámos no passeio marítimo e mais uma vez deliciámo-nos com o azul daquele mar.
Voltámos para o carro e seguimos para Padrón, onde passeámos calmamente por uma avenida verdejante.
Depois atravessámos o Rio Ulla, passando por uma pequena ponte que nos dá uma visão pitoresca da igreja do Convento del Carmen.
Já lá em cima, no largo da igreja, o calor começou a apertar. A vista era muito bonita, mas a juntar-se ao calor chegou a fome também.
Hora de descer.
Hora de descer.
Regressámos então à avenida arborizada, onde nos abrigámos do sol numa das várias esplanadas dos restaurantes que ofereciam menus a 10 euros. Para quem prove que é peregrino, o preço desce para metade.
Enquanto almoçávamos passaram por nós três grupos de peregrinos portugueses: um grande grupo de miúdos guiados por professores (a pé) que diziam "ó stôra" muitas vezes; um grupo de amigos (pessoas mais velhas como nós ;) que também vinham a pé e que andavam à procura de um restaurante que servisse uma refeição à altura do seu cansaço e ainda um pequeno grupo de ciclistas todos vestidos de igual.
No caminho Português, Padrón é a paragem mais importante, antes de Santiago.
Reza a lenda que o barco que trazia o corpo do apóstolo atracou aqui, nos tempos em que Padrón era um grande porto marítimo.
A suposta pedra de amarração - ou Padrón - encontra-se debaixo do altar, na igreja, junto à ponte. A que está à beira do rio é apenas uma réplica.
Fizemo-nos à estrada novamente, agora em direcção ao Pazo de Oca.
Já estávamos a meio do segundo dia na Galiza e ainda não tínhamos visto vestígio de nuvem, o que não é nada habitual por estes lados. Esteve sempre sol, um céu muito azul e à hora de almoço, um calor que chegava a incomodar, ao mesmo tempo que nos amolecia.
Para prosseguir, tivemos de fazer um esforço redobrado, de modo a atravessar a hora da siesta em segurança.
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