segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Segundo Encontro com Lisboa: Castelo, Mouraria, Alfama e Graça


Dia 1

nascer do sol no Rio Tejo


Depois de, no ano passado, termos explorado a zona da Baixa Pombalina, este ano optámos por conhecer o centro histórico da cidade, visitando os seus monumentos e passeando pelas ruas tranquilamente, sem pressa.
Hoje visitámos o Castelo de S. Jorge. Começámos por subir a colina a partir da Sé e passando nos Antigos Correios Gerais do Reino, trepámos pelas escadinhas do S. Crispim que desembocam num edifício oitocentista com um jardim no terraço. Mais tarde  descobrimos que esta era uma característica comum aos edifícios desta zona.


Depois de caminhar um pouco em zigue-zague, alcançamos o Arco de S.Jorge que assinala a entrada no recinto amuralhado.
Embora a colina tenha sido habitada desde o séc. VII a. C. , a primeira muralha foi construída pelos romanos, e mais tarde ampliada pelos mouros que lhe deram o perímetro actual.
Com a reconquista cristã, D. Afonso Henriques ordenou a realização de melhoramentos e posteriormente D. Fernando procedeu à sua ampliação, de forma a abranger os vastos arrabaldes que entretanto surgiram.
Com o terramoto de 1755, o Castelo sofreu graves danos estruturais, apenas beneficiando de obras de restauro, entre os anos 1938 e 1940, nas quais se demoliram diversos edifícios que estavam adossados à muralha, tendo o Castelo assumido a configuração actual.
Optámos por fazer uma visita guiada. O guia era muito simpático e a visita está incluída no preço do bilhete, por isso é uma boa forma de conhecer os pontos de interesse do Castelo.
Começámos pela Praça de Armas, de onde se tem uma óptima vista sobre a cidade, o rio e, mais ao fundo, as planícies da margem sul até à Serra da Arrábida.


De seguida, o guia conduziu-nos até ao núcleo arqueológico, onde nos chamou a atenção para pequenos objectos, tais como um fragmento de cerâmica mourisca que tinha representado um rosto humano ou pratos de peixe com um fundo que servia de depósito para a gordura.


Para além do espólio arqueológico podemos também observar a arquitectura das três salas (ogival, das colunas e da cisterna) que constituem um museu, os vestígios mais bem conservados do Paço Real da Alcáçova, do séc. XIV.




Daqui demos um pulo ao Castelejo – o último reduto do Castelo -  onde visitámos a câmara escura, um sistema óptico inventado por Leonardo da Vinci.




Depois percorremos a ronda das muralhas do Castelejo, de onde se tem as melhores vistas do centro da cidade, e dá acesso à torre de menagem, a cerca de 110m de altitude, o ponto mais alto da cidade, até à época moderna.





Na hora de almoço passámos pelo restaurante Casa do Leão, mas almoçámos na cafetaria ao lado, com opções mais económicas.
Sem perder  tempo fomos à procura da Praça Nova, onde se situa a estação arqueológica que visitámos com guia, mas em inglês.
O local dá a conhecer o embasamento de duas casas da época muçulmana, nas quais se destacam dois frisos decorativos com elementos geométricos.



Ainda houve tempo para vaguearmos pelas ruínas do Paço Real da Alcáçova, com inúmeras fontes, todas diferentes, jardins com vegetação mediterrânica, flores e pavões.






Por fim, ao entardecer, fizemos um último passeio pelas muralhas do recinto para vermos o pôr-do-sol. À medida que o Sol baixava no horizonte, a cidade mudava a cada instante.










vídeo:


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