Hoje foi dia de explorar a zona oeste de S. Miguel.
Começámos por um dos três sítios classificados como monumento natural nesta ilha: o Pico das Camarinhas - Ponta da Ferraria.
Esta zona é composta por várias estruturas de origem vulcânica que nasceram de uma erupção. A escoada de lava daqui resultante, ao fluir em direcção ao mar, originou a fajã da Ponta da Ferraria. Neste local existe uma formação bastante rara, a qual consiste num cone que teve origem em explosões provocadas pelo contacto da camada inferior da escoada lávica com a água do mar.
Esta zona é composta por várias estruturas de origem vulcânica que nasceram de uma erupção. A escoada de lava daqui resultante, ao fluir em direcção ao mar, originou a fajã da Ponta da Ferraria. Neste local existe uma formação bastante rara, a qual consiste num cone que teve origem em explosões provocadas pelo contacto da camada inferior da escoada lávica com a água do mar.
Um pouco mais à frente, encontramos uma piscina natural, com águas termais, que, na maré baixa, podem atingir os 28º C, junto à rocha onde se situa a nascente.
Junto a um afloramento traquítico podemos ainda surpreender-nos com mais de 15 vias de escalada abertas pela escola de escalada da Ponta da Ferraria.
Da fajã da Ponta da Ferraria subimos ao miradouro homónimo, de onde temos uma belíssima vista sobre a zona envolvente e, alguns metros mais acima...
....damos com um tímido caminho de pé posto, à esquerda, que nos conduz - atravessando um denso matagal de tamujo e urze - ao Pico das Camarinhas (218 m).
Do topo, vemos a fajã e o local onde se situam duas das crateras.
Continuámos em direcção à vila dos Ginetes que, segundo Gaspar Frutuoso (1522-1591), deve o seu nome ao facto de ser "amparada dos ventos pela banda do mar, com o Pico dos Ginetes, chamado assim, por ter uma selada ao meio, mais que por nele se criarem ginetes, da banda da serra."
A igreja paroquial é dedicada a S. Sebastião e foi construída no séc. XVII.
O percurso segue: ora pelo interior, ora pela margem do leito de uma ribeira, ladeado por criptomérias, tamujo, urze e bambu.
Após uma breve passagem pelo lugar de Topo, alcançamos a Fonte do Sapateiro, com o aqueduto do séc. XVIII que distribuía água pela freguesia.
Reza a lenda que certo dia, um homem que era sapateiro, calcorreou estas bandas em busca de uma cura para a sua mulher. Uma vez que não encontrou o elixir pretendido, num momento de desespero, resolveu encher uma cabaça com água desta fonte para lhe dar. Por sorte, parece que a sua amada acabou mesmo por melhorar, mas não necessariamente devido aos benefícios desta águas... o que é certo é que a notícia se espalhou. As pessoas começaram a acreditar que a água tinha propriedades medicinais e a fonte começou a ser conhecida como Fonte do Sapateiro.
O caminho volta a entrar no leito da ribeira, por entre ressaltos de terreno, onde abundam conteiras. Assim alcançamos o primeiro degrau do cone do vulcão das Sete Cidades de onde podemos observar a costa litoral dos Ginetes, bem como o monte que dá o nome a esta freguesia.
Já ao pôr do sol, um caminho de terra batida conduz-nos ao bordo da cumeada, onde, de um lado, alcançamos a costa litoral pontilhada pelos ilhéus dos Mosteiros....
...e, do outro, a vila e lagoa das Sete Cidades.
Num último fôlego, e já sem luz, chegamos ao miradouro da Lomba do Vasco, onde chamámos um táxi que nos transportou até a um restaurante na freguesia de Feteiras. Aqui pudemos repor alguma energia com descanso, conversa e bifes de albacora.
http://www.dct.uminho.pt/mest/pgg/docs/tese_a_lima.pdf (pp. 151-157)
lenda da fonte do sapateiro: http://www.lendarium.org/narrative/lenda-da-fonte-do-sapateiro/?category=37
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