quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Segundo encontro com Lisboa : dia 3


Hoje acordámos com um gato malhado a espreitar através dos vidros. Aproximámo-nos, mas ele era fugidio. Mesmo assim, antes de subir para o telhado, parou uns segundos e conseguimos fotografá-lo.
Hoje foi mais um dia ensolarado.
Começámos por uma visita ao Museu do Teatro Romano, o único existente em Portugal. 



Uma visita muito interessante para quem gosta de arqueologia e de descobrir a arte da antiguidade clássica.
O museu é constituído por três níveis e corresponde a um terço do edifício original. Para além de uma pequena área constituída pela orquestra (plateia),  bancadas e palco (proscaenium), o museu exibe diversas peças encontradas nas escavações, como por exemplo um fragmento de baixo relevo da musa da tragédia Melpomene; 



um sileno em mármore que se situaria na parte superior do proscaenium; 


uma pequena estatueta de veado, em bronze, da segunda idade do ferro,  provavelmente um ex-voto, 


e uma malha de jogo em pedra do séc XIV.



No terraço existe uma casa de fresco - um pequeno pavilhão - normalmente construído em jardins, destinado ao repouso. 


Voltámos ao bairro de Stª Cruz do Castelo, onde as ruas estavam muito animadas, com um tocador de Hang e inúmeras lojas de produtos portugueses onde se ouvia fado.
Após percorrermos vários becos e vielas, descobrimos o Largo do Menino Deus, com a Igreja homónima, construída em 1711 e uma casa cuja traça remonta ao séc. XVI.



Esta igreja é um importante exemplar da arquitectura setecentista e de visita obrigatória. Para tal, há que tocar à campainha do Centro Social que fica à esquerda da entrada e contactar a Irmã Fátima. A Irmã acompanhou-nos até à Igreja e, amavelmente, contou-nos a sua história, chamou-nos a atenção para a nave octogonal, os maravilhosos mármores coloridos embutidos em todas as paredes e conduziu-nos até à sacristia, cuja cúpula ameaça ruir.








Cheios de fome, descemos pelo Largo Rodrigues de Freitas, onde encontrámos o Restaurante Prego. Hoje fizemos opções mais saudáveis: uma salada de frango, rúcula, cebola e abacaxi e um hambúrguer vegetariano, de grão, com azeitonas, acompanhado de uma salada de rúcula e tomate. Estava tudo óptimo :)



Depois, pela Rua de Sta Marinha, subimos a colina do Mosteiro de S. Vicente de Fora. 





Na recepção, encontrámos o guia Luís, que nos acompanhou numa visita pelo mosteiro. Explicou-nos que este cenóbio foi o primeiro a ser construído em Lisboa e teve origem num voto de D. Afonso Henriques ao mártir S. Vicente, pelo sucesso na conquista de Lisboa aos mouros. 


O mosteiro alberga inúmeros pontos de interesse, que fazem dele um ex-líbris da cidade de Lisboa, mas, ainda assim, é pouco procurado pelos turistas. 



Realçamos a cisterna que constitui o elemento construtivo mais antigo desde a reconquista; 


os panteões dos Reis da Dinastia de Bragança e dos Patriarcas de Lisboa; 



os painéis de azulejos da portaria que representam a Sé e o Castelo antes do terramoto de 1755;




 uma série de 38 painéis de azulejos ilustrando fábulas de La Fontaine; 




e a maravilhosa vista de 360º sobre Lisboa a partir do terraço.






De regresso a casa, fizemos uma caminhada pelo campo de Sta Clara, local onde se realiza às terças e sábados a Feira da Ladra. 
Ladeando o jardim homónimo existe um grande painel de azulejos contemporâneos, da autoria de André Saraiva, simbolizando o cosmopolitismo e abertura ao mundo da cidade de Lisboa.






vídeo:


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