vista sobre Alfama
Hoje começámos o dia com uma visita à Igreja de São Vicente de Fora. Esta igreja foi construída no séc XVII, durante o domínio filipino, sob desenho do arquitecto italiano Filippo Terzi. Possui características da arquitectura espanhola, que dificilmente encontramos noutros edifícios em Portugal, como por exemplo o próprio estilo maneirista, uma rede em ferro forjado ricamente decorada e uma capela dedicada à Nossa Senhora do Pilar, padroeira de Saragoça.
O altar-mor é constituído por um baldaquino (uma estrutura que cobre o altar) da autoria do escultor conimbricense Machado de Castro, e, na parte de trás, um órgão.
As duas capelas do transepto são decoradas com mármores embutidos muito coloridos, fazendo lembrar a Igreja do Menino Deus.
Daqui iniciámos uma caminhada até às Portas do Sol, um largo junto ao primitivo lanço de muralha, de onde se tem uma fantástica vista sobre Alfama e o Rio. Seguimos a linha do eléctrico 28, por ruas sinuosas e estreitas de ambiente medieval.
Aqui encontramos o Museu de Artes Decorativas, instalado no Palácio de Azurara.
Almoçámos na cafetaria que tem um excelente buffet de comida caseira, por 10 Euros. Comemos creme de alho francês, quiche de vegetais, arroz, salada e bolo.
O museu reúne raros exemplares de mobiliário, porcelanas, faianças e têxteis orientais, procedentes de diversas colecções particulares que foram doadas à fundação Ricardo do Espírito Santo Silva.
Sala D. José
Sala D. Maria
Encontrámos vários objectos de que gostámos, como por exemplo salvas de prata decoradas com animais exóticos,
um jarrão de Bordalo Pinheiro decorado com animais fantásticos,
e um aquário em faiança do início do séc. XIX ,
Daqui seguimos para a Igreja de Sta. Luzia, do outro lado da rua, sede nacional da ordem soberana militar hospitalar de Malta. Foi mandada construir por D. Afonso Henriques em agradecimento pela ajuda prestada pelos cavaleiros templários, aquando da Reconquista Cristã. É uma igreja muito simples, despojada. Aqui existem túmulos de cavaleiros medievais.
Na zona adjacente à Igreja encontra-se o miradouro de Sta. Luzia, com pérgolas, um jardim com buganvílias e dois painéis de azulejos representando, um deles, o Terreiro do Paço antes do Terramoto de 1755.
Uma escadaria no canto nordeste dá acesso, por entre buganvílias, a um terraço onde se situa o Quiosque Cerca Moura. Este local é um bom ponto de descanso, no qual podemos tomar um chá com scones ou tarte de amêndoa, desfrutando ao mesmo tempo de uma magnífica vista sobre o Tejo.
Daqui mergulhámos no bairro de Alfama utilizando o elevador público inaugurado em 2015. É um dos bairros mais típicos de Lisboa e ocupa a área territorial onde os primeiros povos da Idade do Ferro se fixaram. A malha urbana ainda reflecte o traçado medieval com ruas estreitas, becos e escadarias.
Descendo pela Calçadinha da Figueira, Rua do Castelo Picão e Beco das Cruzes, ainda se pode sentir a atmosfera genuína de Alfama com moradores locais nas ruas e cafés. Contudo, a partir da Rua da Regueira e, em especial, na Rua de S. Miguel, os turistas misturam-se com os "alfacinhas" e as ruas ficam cheias de pessoas que saltitam entre lojas de produtos tradicionais e restaurantes com fado.
No entroncamento daquelas duas ruas, encontra-se o Restaurante Alfama Grill, onde jantámos as típicas sardinhas assadas com batata cozida.
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